Há meses sob forte estiagem, quase todo o Rio Grande do Sul acumula prejuízos financeiros e até falta de água potável para beber. Esse cenário já fez o governo do Estado homologar 425 decretos de emergência de prefeituras de todas as regiões.
A União reconheceu 408 municípios em situação de emergência. É a partir desse momento que dívidas do setor agropecuário podem ser renegociadas nos bancos ou acessar linhas de crédito especiais, prefeituras recebem verbas e famílias passam a receber cestas básicas e caminhões com reservatórios de água com capacidade entre 450 e 6 mil litros circulam levando água aos locais onde falta.
Apesar de a União entender que 96% dos municípios gaúchos sofrem com a falta de chuva, até o momento 164 prefeituras (40,2% do total de 408 que tiveram os decretos reconhecidos) receberam recursos do governo federal, segundo a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Conforme o presidente da entidade, Eduardo Bonotto, as prefeituras receberam R$ 26,4 milhões para utilização do reservatório de água chamado viniliq pipa (um tipo de bolsão), combustível para o deslocamento dos caminhões que levarão água a quem precisa e para compra de cestas básicas.
GZH solicitou ao Ministério do Desenvolvimento Regional informações sobre os valores recebidos em cada uma das 164 cidades e se há previsão de nova liberação de recursos.