Os trabalhos de buscas em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, entraram no sétimo dia nesta segunda-feira (21). De acordo com o Corpo de Bombeiros, conforme atualização divulgada no início da manhã, o número de mortos pelo temporal da semana passada no município chegou a 176.
Segundo a prefeitura de Petrópolis, 114 corpos haviam sido sepultados até a noite de domingo (20) — o trabalho de identificação e liberação continua sendo feito pelo Instituto Médico-Legal (IML). Também estão sendo procurados 117 desaparecidos.
O temporal mais forte caiu no dia 15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas ocasiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de mais pancadas de chuva ao longo desta segunda-feira.
No domingo, a Defesa Civil de Petrópolis acionou, no fim da tarde, as sirenes do primeiro distrito — além de emitir avisos por SMS e em grupos de comunicação por aplicativo. A área envolve a parte mais densa da cidade e os bairros já atingidos pelos deslizamentos de terra e enchentes, como Alto da Serra, Bingen, Quitandinha, Valparaíso e Centro.
Tragédia já é a pior da história
Com buscas por desaparecidos ainda em andamento, a situação em Petrópolis ultrapassou a da mais trágica da história do município até então, em 1988, quando a cidade registrou 171 mortos, segundo dados da Defesa Civil municipal.
Neste século, a maior tragédia havia ocorrido em 2011, com 71 mortos em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo, 428 mortos, e Teresópolis, 387), segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.
De acordo com dados compilados pela Defesa Civil de Petrópolis, de 1966 a 2017, foram registradas vítimas em 1966 (80 mortos), 1977 (11), 1979 (87), 1988 (171), 1997 (6), 2001 (51), 2003 (17), 2007 (3), 2008 (9), 2009 (6), 2010 (1), 2011 (73), 2013 (34), 2016 (2) e 2017 (1).