O terceiro depoimento do oitavo dia de júri dos acusados pelo incêndio da boate Kiss foi do publicitário Fernando Bergoli. Ele veiculava publicidade daquela danceteria, que pegou fogo em janeiro de 2013, matando 242 pessoas.
Bergoli foi arrolado como testemunha pela defesa do réu Mauro Hoffmann (ex-sócio da Kiss), que desde o início do julgamento tenta desvincular-se das responsabilidades cotidianas sobre a boate. Nesse sentido, o depoimento foi considerado pelos advogados como importante.
A testemunha, que atuou no grupo RBS em Santa Maria, disse que no ramo de casas noturnas Mauro Hoffmann, o Maurinho, era associado à boate Absinto Hall, e Kiko à boate Kiss. Poucos sabiam que Maurinho também era sócio da Kiss.
— A percepção que tive é de não envolvimento de Mauro com a Kiss. Tanto que Kiss e a Absinto Hall eram tratadas como clientes diferentes, sem conexão. Em tratativas de negócios, assuntos relacionados à Kiss eram discutidos com Elissandro Spohr, e à boate Absinto Hall, com Maurinho — detalhou Bergoli.
O depoimento de Bergoli foi o mais curto até o momento, com 27 minutos.
