Após a votação do plano de carreira dos servidores do Poder Judiciário ser adiada na Assembleia Legislativa, o presidente do Conselho de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, afirmou que a corte espera pela aprovação do projeto para fazer novas nomeações e suprir parte do déficit de pessoal.
Ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (2), Amaro da Silveira afirmou que o Judiciário gaúcho tem um déficit de cerca de 35% no quadro de servidores, com aproximadamente 2,8 mil cargos vagos no Estado.
— Isso traz um prejuízo enorme para a sociedade — disse.
Uma das principais mudanças previstas no projeto é a possibilidade de promoção sem necessidade de deslocamento dos servidores "entre entrâncias". Pelo texto, não será preciso mudar de cidade para ascender na carreira, podendo permanecer na comarca de domicílio. Atualmente, o servidor só alcança uma promoção se realizar o deslocamento. O plano também prevê a fixação do curso de Direito como pré-requisito de escolaridade para o cargo de oficial de Justiça.
— Estamos aguardando ansiosamente a perspectiva de aprovação do projeto para podermos fazer as nomeações, suprir grande parte dessas vagas. Existe uma angustia muito grande. Não é uma questão mais de preferência, e sim de necessidade. Não temos outra alternativa — concluiu.