O governo de Minas Gerais e a Vale devem assinar, nesta quinta-feira (4), um acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o portal G1, o montante deve ultrapassar R$ 37 bilhões.
O governo de Minas, o Ministério Público (estadual e federal), a Defensoria Pública e a própria Vale tentam uma negociação há quatro meses. Ainda conforme o portal G1, o acordo contemplará, entre outras questões, um auxílio emergencial para 110 mil pessoas durante quatro anos, investimento em hospitais regionais e saneamento básico nos municípios da bacia do Rio Paraopeba.
A barragem da mineradora se rompeu há dois anos, em 25 de janeiro de 2019, e deixou 270 mortos. Desses, 250 eram funcionários da Vale. Onze vítimas ainda não foram encontradas.
Além das mortes, o rompimento da barragem provocou danos ambientais que inviabilizaram o uso da água de parte do Rio Paraopeba, atingido por ondas de lama.
De acordo com relatório da comissão independente de investigação contratada pela mineradora para apurar a tragédia, a Vale sabia, pelo menos desde 2003, de fragilidades na barragem que se rompeu em Brumadinho. Entretanto, apesar de alertas, não há indícios de que a empresa tenha estudado a retirada das instalações administrativas da área de risco.