A Vigilância em Saúde do Estado anunciou, nesta segunda-feira (23), que o teste de coronavírus na rede pública será feito apenas com pacientes em situação grave, que necessitem de internação hospitalar. Aos demais casos, a orientação é apenas de quarentena domiciliar, durante 14 dias. A medida foi adotada devido à declaração de que o Rio Grande do Sul possui transmissão comunitária da doença.
Há apenas uma exceção à nova regra. Os profissionais das áreas de saúde e segurança serão testados mesmo sem necessidade de permanecer no hospital. O objetivo é evitar que o número de trabalhadores nesses setores seja reduzido, caso haja a necessidade de afastamentos por sintomas gripais.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, discussões sobre o assunto seguem em andamento e novas mudanças no protocolo de atendimento poderão ser efetivadas nas próximas semanas, com a chegada ao Rio Grande do Sul de testes rápidos, anunciados pelo Ministério da Saúde, ou pela aquisição de kits para testagem pelo governo gaúcho.
Na última sexta-feira (20), o governador Eduardo Leite confirmou que já não é possível identificar a fonte de transmissão em solo gaúcho, o que indica que o vírus circula entre a população.
A partir de agora, não haverá mais critérios para definir casos suspeitos, como viagens ao Exterior.
Os testes já solicitados ao Laboratório Central do Estado (Lacen) pelos municípios serão realizados. A medida restritiva vale apenas para novas notificações.
Orientações
De acordo com a Vigilância em Saúde estadual, pessoas com sintomas de síndrome gripal deverão procurar atendimento em postos de saúde, evitando emergências de hospitais quando não houver sinais graves.
Os sintomas da síndrome gripal são febre de início súbito (acima de 37,8ºC, acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, mais um desses sintomas: dor muscular, nas articulações ou de cabeça). Nas crianças, os critérios são febre e outro sinal respiratório (tosse, coriza ou congestão nasal).
Para casos leves, a indicação é permanecer em casa por 14 dias, assim como para as pessoas que moram com o doente.
Os casos graves que farão a análise são os de síndrome respiratória aguda grave. Com isso, casos suspeitos da covid-19 serão investigados de forma semelhante aos de outros vírus respiratórios mais comuns em circulação no país, como os influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório.