SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Três suspeitos foram presos no momento em que furtavam cabos de cobre subterrâneos, na madrugada desta sexta-feira, na região do Mandaqui (zona norte da capital paulista). Os criminosos usavam uniformes com identificação da Vivo e um veículo com o símbolo da Icomon, terceirizada que presta serviços à empresa de telefonia.
No momento do flagrante, um dos suspeitos, de 34 anos, tentou atacar policiais com um machado, que era usado para cortar os fios de cobre. Ele foi ferido sem gravidade com um tiro na perna, segundo a polícia, sendo socorrido e em seguida tendo alta ainda nesta sexta.
Segundo o delegado Danilo Alexiades, a quadrilha era monitorada pela 3ª Delegacia do Patrimônio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) desde janeiro deste ano, quando quatro suspeitos foram presos furtando cabos de cobre na Lapa (zona oeste).
"A partir desta prisão, começamos a montar a teia de envolvidos no esquema e começamos a identificar suspeitos", disse o delegado. Em julho deste ano, ainda segundo Alexiades, mais três integrantes da quadrilha foram presos tentando furtar fios de cobre em Pinheiros (zona oeste).
A partir destas duas primeiras ocorrências, a polícia identificou mais integrantes do bando e obteve informações de que a quadrilha iria atuar na madrugada desta sexta na zona norte. Investigadores do Deic fizeram um cerco na região e localizaram um caminhão, com identificações da Icomon, estacionado na avenida Santa Inês. Perto dele, três suspeitos, com roupas da Vivo, haviam bloqueado parcialmente a rua com cones e recolhiam cabos de cobre subterrâneos.
"No momento do flagrante, os criminosos já haviam recolhido 43 metros de cabos. O objetivo deles, para esta sexta, era conseguir levar 183 metros", explicou o delegado. Ele disse ainda que, caso o bando vendesse o cobre, teria um lucro de mais de R$ 50 mil. "Além disso eles queriam, no decorrer dos dias, levar sete mil metros de cabos", acrescentou Alexiades.
A polícia prendeu em flagrante dois suspeitos de 26 anos, um deles com passagem por tráfico de drogas, além do homem que teria atacada os policiais com um machado. Este criminoso, segundo a polícia, já foi preso em outras duas ocasiões furtando cabos de cobre. Ele também conta com uma acusação por associação criminosa.
Os três foram indiciados por furto qualificado, organização criminosa e, no caso do acusado que atacou os policiais, resistência.
Resposta A Vivo afirmou que apura o caso e que a empresa mantém contato com a polícia, com o intuito de contribuir para as investigações sobre o caso.
"A Vivo adota medidas de prevenção, como a instalação de alarmes, seguranças, entre outras alternativas que dificultem o acesso daqueles que têm a intenção de cometer um crime, prejudicando não somente a operadora, como a população", diz trecho de nota.
A empresa orienta a população para que ligue no telefone 0800 14 44 44 caso testemunhe o furto de cabos, além de acionar a polícia no 190.
A Icomon foi procurada mas não deu retorno até a publicação desta reportagem.