Vai até esta segunda-feira (7) o prazo de recadastramento das filhas solteiras que recebem pensão do Instituto de Previdência do Estado (IPE-Prev). Até agora, 1.499 beneficiárias não atualizaram o cadastro, segundo levantamento da entidade. O governo quer saber se elas continuam solteiras e se estão vivas e, por isso, em fevereiro, passou a convocá-las para revalidar os pagamentos.
Hoje, 10.037 filhas solteiras recebem esse tipo de pensão, custando R$ 493 milhões por ano aos cofres do Estado. Cerca de 22% de todas as pensões do IPE-Prev são pagas a essas mulheres. O benefício deixou de existir no ano 2000, porém, os concedidos até aquele ano continuam sendo pagos, já que foram considerados um direito adquirido. A maioria das filhas solteiras recebe até R$ 2 mil, mas também há vencimentos que se aproximam do teto salarial — 280 delas ganham mais de R$ 20 mil mensais.
Em 2019, 24 pensões irregulares foram canceladas, poupando aos cofres do Estado R$ 60 mil ao mês. As irregularidades nos benefícios das pensionistas ocorrem quando elas não se enquadram mais no critério de "solteiras". Os casos variam: desde mulheres em união estável que não informaram o instituto até outras que aparecem em denúncias posando para fotos de casamento.