Cavalos que circulam por Santa Maria passam a receber nesta quinta-feira (10) microchips de identificação da prefeitura. E esse processo começa na tarde, para os 15 animais que estão no Instituto de Bem Estar Animal (Iabea).
No Instituto, estão animais que foram encontrados nas ruas ou que eram vítimas de maus tratos. Ainda em setembro, 10 animais do local receberam os equipamentos, em fase de teste de adaptação e eficiência. E a partir desta sexta-feira, os donos de animais usados em carroças também poderão ter seus cavalos microchipados. Uma ação acontecerá na Praça do Mallet para fazer os procedimentos.
Conforme Alexandre Caetano, médico veterinário do município, o processo é rápido e praticamente indolor ao animal:
— Dolorido, um pouco só pela picada da agulha. Mas a gente vai conter bem o animal para aplicar a injeção, que é subcutânea. O microchip, que é menor que um grão de arroz, fica no pescoço do animal, abaixo da crina. E a demora só se dá para preencher as planilhas de identificação do animal, mas isso se dá em até 20 minutos eu acredito.
Para que o equino receba o aparelho, o dono precisa levar carteira de identidade, cpf e comprovante de residência. A expectativa é de chipar 20 animais ao longo da tarde.
Como a demanda da cidade é maior que 20 animais, a partir da próxima semana a Secretaria de Meio Ambiente passará a fazer atendimentos em praças da cidade para realizar as chipagens. Nas segundas-feiras, serão divulgados os locais de atendimento, que acontecerão nas quintas e sextas-feiras das 14h às 17h.
Caso haja uma baixa procura por parte dos donos dos cavalos, a ação será mais ofensiva, uma espécie de “blitz” em que a Secretaria abordará as carroças para fazer o implante de maneira compulsória.
Porém, o veterinário reforça que a chipagem é positiva para os donos de cavalos:
— A microchipagem não tem nada a ver com o projeto de lei que quer proibir o uso de veículos de tração animal na cidade. O objetivo é evitar furtos, perdas e acidentes envolvendo cavalos, além de responsabilizar os donos para uma guarda responsável dos cavalos.
No equipamento, que tem o tamanho de um grão de arroz, haverá informação de cada animal como idade, local de origem, tipo de pelagem, marcas e outros dados.
Segundo Sandro Nunes da Silva, superintendente da Guarda Municipal, o serviço será facilitado a partir de agora.
— Nós estávamos ansiosos por essa decisão. Era muito difícil, principalmente em casos de acidente, identificar o dono do animal porque ele é o responsável pelo animal. E agora, com a implementação dos chips, vai facilitar essa questão.
Ao todo, a Prefeitura tem 500 identificadores para os animais. O custo da compra foi de R$ 3,3 mil. O aplicativo que lê os microchips é o C7Campeiro, desenvolvido pelo laboratório de Geomática da Universidade Federal de Santa Maria(UFSM).