Mais de 500 militares de quatro municípios gaúchos estão em Santa Maria nesta semana para um treinamento da Operação Acolhida, que ocorre no norte do país. O objetivo é, como diz o nome da ação, receber os imigrantes venezuelanos que vêm para o Brasil. Os militares começam a se deslocar para Roraima e Amazonas a partir de 22 de julho até 4 de agosto. Eles devem permanecer na região até novembro.
O treinamento em Santa Maria acontece em quartéis do bairro Boi Morto. Nesta quinta-feira (27) há treinamento no 29° Batalhão de Infantaria Blindado, e no 4° Batalhão Logístico.
Desde a semana passada, os profissionais selecionados já começaram a realizar atividades de orientação sobre a Operação. E, na última segunda-feira (24) eles foram deslocados para o centro do Estado. A escolha se deu pela infraestrutura militar que Santa Maria tem.
São 123 militares de Santa Maria, 241 de Alegrete, 129 de São Gabriel e 87 de Porto Alegre, que estão hospedados nos quartéis da cidade para participar das atividades. São militares que já fazem parte do efetivo profissional, ou seja, não participam recrutas. Viajam para Roraima e Amazonas militares de todas as patentes – desde soldados até coronéis.
Os militares serão orientados por equipes da Organização Mundial de Imigração e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ambos vinculados à ONU. Entre as unidades didáticas, está a abordagem aos imigrantes, cultura local e como lidar com assédio sexual. Essa ação, segundo o Exército, se dá antes da viagem porque na chegada no norte do país os militares não terão como receber instruções teóricas.
Depois de concluído o treinamento, os militares voltam para as suas casas. Eles serão encaminhados para a Operação em quatro contingentes, a partir de 22 de julho até 4 de agosto. A saída, que conta com apoio da Força Aérea Brasileira, se dará em Santa Maria. A estimativa é de que as equipes permaneçam nas cidades até o fim de novembro.
Em Roraima, as ações acontecem em Boa Vista e Pacaraima. Já no Amazonas, os militares serão enviados para Manaus. O objetivo é prestar atendimento humanitário para os venezuelanos.