Após um trabalho de resgate que durou quase oito horas, o maquinista de um dos trens envolvidos em acidente no Rio de Janeiro morreu. Os bombeiros conseguiram retirar a vítima das ferragens por volta das 14h30min desta quarta-feira (27) - o acidente ocorreu por volta das 6h30min - e tentaram reanimá-la por quase 40 minutos, mas o homem não resistiu aos ferimentos.
Enquanto estava preso às ferragens, o maquinista foi mantido vivo respirando com auxílio de um balão de oxigênio, com transfusão de sangue e aplicação de soro.
Colisão
O acidente ocorreu na estação de São Cristóvão, uma das mais movimentadas da zona norte da capital fluminense, por volta das 6h30min.
Inicialmente, a SuperVia, empresa responsável pelo sistema ferroviário no local, havia informado que um dos trens estava sem passageiros, mas corrigiu a informação ao confirmar que as duas composições envolvidas no acidente transportavam passageiros.
"Lamentamos profundamente e estamos prestando todo o suporte para resolução o mais rápido possível", escreveu a empresa em uma rede social.
Segundo um comunicado da SuperVia, os trens do ramal Deodoro estão com sua circulação prejudicada, com intervalos irregulares e sem parada na estação Praça da Bandeira. A empresa disse ainda que tem informado a situação do sistema aos passageiros por meio de seus canais de comunicação nas estações.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro informou por meio de nota que vai investigar as circunstâncias do acidente.
Além das causas da colisão, também será objeto de análise da agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e os procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada.
A SuperVia também disse que abriu uma sindicância para apurar as falhas que resultaram na colisão.