A segunda instância da Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão de três funcionários da mineradora Vale, detidos na semana passada no âmbito das investigações do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
A decisão foi proferida pelo desembargador Marcílio Eustáquio Santos, na sexta-feira (1º). No despacho, o magistrado entendeu que não há ilegalidades nos fundamentos apresentados pela primeira instância, que decretou a prisão do geólogo Cesar Augusto Grandchamp; do gerente de Meio Ambiente, Ricardo de Oliveira, e do gerente do Complexo de Paraopeba da empresa, Rodrigo Artur Gomes de Melo.
De acordo com o Ministério Público, os três funcionários estão diretamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental da barragem. Dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem também estão presos.
Após o cumprimento dos mandados de prisão pela Polícia Federal (PF), a Vale divulgou nota à imprensa na qual informou que está à disposição das autoridades. "A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas."
Até a tarde deste domingo (3), 121 corpos haviam sido encontrados. Desses, 114 já foram identificados, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas. Ainda há 205 desaparecidos, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais.
Os Bombeiros suspenderam as buscas por vítimas nesta segunda-feira (4), devido às chuvas que caíram durante a madrugada e a manhã.