Correção: é incorreta a informação divulgada anteriormente de que a barragem da Vale que rompeu em Brumadinho tinha 1 milhão de metros cúbicos. Esse volume, que constava de uma nota técnica divulgada internamente pelo Ibama, se refere à barragem 6 do complexo de barragens da Vale na região. A informação foi retificada por GaúchaZH às 19h14min.
O complexo de barragens que romperam no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), tem capacidade menor que a do Fundão, rompida na cidade de Mariana, em 2015.
Inicialmente a companhia Vale afirmou que a barragem rompida era a 1. Ela foi construída em 1976 e não recebia mais rejeitos desde 2014, porque o processo de beneficiamento do minério passou a ser feito a seco. A Vale diz que a barragem tinha volume de 12,7 milhões de metros cúbicos.
No final do dia, a empresa modificou a informação, afirmando que três barragens se romperam na região, e não apenas uma . Segundo dados da companhia, lá estão a Barragem 6, que foi construída em 1998 e é usada "para recirculação de água da planta e contenção de rejeitos em eventos de emergência", diz a companhia no site. "Atualmente tem cerca de um milhão de m³", diz. Já a Barragem Menezes 2, ainda na Mina Córrego do Feijão, tem um volume de aproximadamente 290 mil m³ e é utilizada para a contenção de sedimentos e clarificação do efluente final. Ao todo, as barragens têm 13,990 milhões de metros cúbicos.
Em Mariana, a barragem do Fundão tinha cerca de 50 milhões de m³. Os rejeitos lotaram o Rio Doce e provocaram a morte de milhões de peixes, anfíbios, répteis e aves marinhas.
O Ministério do Meio Ambiente informou que a primeira estrutura que deve ser atingida pelos impactos é a barragem de Retiro Baixo, a mais de 150 km do ponto do rompimento. A barragem fica a 11,33 km da represa das Três Marias, que é a foz do Rio Paraopeba, atingido pelos rejeitos de minério de Brumadinho. A represa das Três Marias se conecta ao Rio São Francisco.