Os 125 venezuelanos que já chegaram ao Rio Grande do Sul e estão no município de Esteio foram convidados a participar dos festejos da semana da Pátria e do mês Farroupilha. Eles chegaram ao Estado na noite de quarta-feira (6), vindos de Roraima.
O Ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, afirmou que os primeiros imigrantes receberão nesta semana aulas de português, além de preencherem um cadastro para que seja formulado um currículo de cada um, para colocação no mercado de trabalho. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, Beltrame afirmou que a viagem foi emocionante e que todos os venezuelanos estão agradecendo a oportunidade de uma nova vida.
— Cada um tem sua história. Neste primeiro grupo são 125 homens, sozinhos, mas não necessariamente solteiros. Destes, a maioria com nível de Ensino Médio completo. Muitos com nível superior. Engenheiros civis, advogados, enfermeiros, e muitos técnicos. Há uma variedade grande e nível de escolaridade alto. Apenas sete dos 125 não têm Ensino Médio completo — afirmou o ministro Alberto Beltrame.
Os venezuelanos que estão em Esteio foram convidados a assistir ao desfile cívico do Dia da Independência do Brasil que ocorre no município na sexta-feira e, depois, vão ao Parque de Exposições Assis Brasil, para visitarem o Acampamento Farroupilha do local.
Conforme o cronograma, um próximo grupo de 200 venezuelanos deve chegar ao Rio Grande do Sul no próximo dia 12. Mais 200 deve vir no dia 13. O restante, para fechar o grupo de cerca de 700 pessoas, está previsto para chegar em solo gaúcho até o dia 27. São ao menos quatro voos já divulgados pelo governo federal que têm como destino o Rio Grande do Sul. Os venezuelanos, em princípio, ficaram em Canoas, Esteio, e em Chapada.
O ministro está dialogando com prefeitos de municípios que desejam receber os venezuelanos. Segundo Beltrame, cerca de 150 mil pessoas do país vizinho já entraram no Brasil, que não é o destino preferencial.
— Eles preferem a Colômbia, pela facilidade da língua. De todos esses que entraram, 110 mil já saíram. Restaram no país cerca de 40 mil. A preocupação maior do governo brasileiro são aqueles que não têm condições de se manter por conta própria. Nós completamos a interiorização de 1,3 mil até agora. Devemos chegar a 2 mil até o final do mês. A intenção é fazer a interiorização, para aliviar a situação em Pacaraima (Roraima) — completou Beltrame.
Ainda segundo o ministro, 4,6 mil pessoas que estão em abrigos de Roraima. Ouça abaixo a entrevista do Ministro Alberto Beltrame: