O secretário de Desenvolvimento Econômico de Bento Gonçalves, Sílvio Pasin, estima que 80% de cerca de 90 motoristas de aplicativos que atuam na cidade estejam regularizados até o fim deste ano. Segundo ele, com a conclusão do cadastro dos primeiros condutores, a fiscalização, até agora orientativa, será intensificada e passará a multar.
Quase um ano depois da aprovação da lei que regulamenta a atuação de motoristas autônomos em Bento, publicada em 13 de setembro de 2017 no Diário Oficial do município, apenas 12 motoristas concluíram o processo. Outros 16 estão com o processo em andamento. Os primeiros cartões que devem ser exibidos na parte interna do veículo foram entregues em junho deste ano.
Um dos motivos da demora foi a emissão de boletos para os motoristas pagaram a taxa anual de cerca de R$ 500, o que só começou a partir de junho desde ano. O secretário afirma que muitos motoristas também demoraram para se cadastrar como autônomos ou Microempreendedores Individuais (MEIs) na Sala do Empreendedor de Bento, passo necessário para obterem o "carteirão" que deve ser exposto no interior do veículo. Ele também avalia que motoristas têm uma resistência com a
Recentemente constituída, a Associação de Motoristas de Aplicativos de Bento Gonçalves (AMABG) critica a prefeitura. Segundo o presidente Fagner Guterres, a demora ocorreu, primeiro, porque houve um desinteresse do poder público municipal no início do processo; e, depois, a partir do momento em que o município passou a atuar mais, os motoristas ficaram desinteressados.
Guterres acredita que há uma compreensão equivocada entre parte dos condutores de que a lei municipal é para regulamentar os aplicativos e que, por isso, não é válida e, em caso de multa, pode haver questionamento na Justiça. Mas o presidente da associação afirma que o que a lei regulamenta é o motorista autônomo de aplicativo.
Ele tem um quantitativo diferente do secretário. Conforme Guterres, com números atualizados, o universo de motoristas que atuam tanto com o Uber quanto com o Garupa é de cerca de 130. Esse número, conforme ele, reúne também motoristas de Garibaldi e Carlos Barbosa, que a lei não permite que atuem, porque os condutores devem morar em Bento. Ainda segundo Guterres, muitos motoristas têm outros trabalhos e não atuam todos os dias. Dos que atuam diariamente, ele afirma que são entre 35 e 45 motoristas.