Entidades empresariais da Serra e do Vale do Sinos querem que o governo federal inclua no orçamento de 2019 a extensão da BR-448, a Rodovia do Parque. Conhecido como Rodovia da Serra, o novo trecho poderia tornar o deslocamento entre a Serra e a região metropolitana de Porto Alegre mais rápido e reduzir os custos de transporte. Outro benefício seria a redução do tráfego na BR-116.
A obra, de cerca de 18 quilômetros, chegou a ser anunciada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2013 e teve licitação lançada no ano seguinte. O edital da concorrência, no entanto, acabou cancelado e desde então não foi mais publicado.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça (24), o superintendente do Dnit no Estado, Allan Magalhães Machado, disse que a execução da obra esbarra justamente na questão financeira.
— Nós temos a licitação pronta para o projeto, mas esbarra na questão do recurso. Não existe recurso neste momento — disse.
Entre as instituições que encabeçam o movimento para pressionar o governo federal a liberar dinheiro está a Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra). O grupo, integrado por outras associações de classe, inclusive do Vale do Sinos, elaborou um estudo comparando o atual trajeto, pela BR-116, com o traçado planejado. Uma reunião também vai debater o assunto no dia 6 de agosto, às 14h, na sede do Sesi de Portão. Além das entidades participantes, está prevista a participação de deputados estaduais e federais.
— É hora de comprometimento. Caso contrário, só conseguiríamos dar andamento em 2020— afirmou o presidente do CICS Serra, Edson Morello.
O prazo para incluir a proposta no orçamento de 2019 é outubro. Até agora, no entanto, ainda não há uma estimativa de quanto a obra custaria. Após a reunião, o grupo pretende se reunir com o ministro dos Transportes, Valter Casimiro Silveira, já com um valor estimado a ser gravado no orçamento.
A Rodovia da Serra deve ligar a RS-240, em Portão, ao início da Rodovia do Parque, em Sapucaia do Sul.