Pelo menos seis pessoas morreram após um naufrágio de dois barcos de pesca na Baía de Sepetiba, em Itaguaí, Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (8). Os dois barcos de pesca levavam 21 pessoas, entre pescadores amadores e barqueiros. As embarcações teriam afundado por conta da chuva e de ventos fortes, perto do Porto de Sepetiba.
De acordo com a Marinha, uma embarcação já foi localizada debaixo da água, e bombeiros trabalham para saber se ainda há vítimas presas no barco.
— Nossa preocupação maior agora é em busca de vidas. Quanto mais rápido agirmos, maiores são as nossas chances. Se os pescadores estiverem com coletes salva vidas, as chances também aumentam — afirmou o capitão de mar e guerra da Marinha, Sérgio Salgueirinho.
De acordo com Salgueirinho, a Marinha enviou um comunicado para a comunidade marítima, incluindo associações de pescadores, alertando para o mau tempo. As vítimas foram conduzidas para o Hospital Municipal Pedro II e para a UPA de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, informou o Corpo de Bombeiros. Muitas sofriam de hipotermia.
Um dos desaparecidos, Neilton Andrade, de 57 anos, costumava pescar com os amigos por hobby. Segundo a cunhada dele, Rosemeri Amaral, uma forte ventania e uma chuva de granizo atingiram a embarcação de pesca onde estava Neilton. Assim, o barco acabou afundando.
— Não estávamos preocupados porque eles costumavam fazer isso há muitos anos e sempre com o mesmo barco. Essa espera é angustiante — declarou Rosemeri.
Neilton é açougueiro e tem quatro filhos. Um deles está no porto da Ilha da Madeira, no Rio de Janeiro, em busca de informações sobre o pai. No barco em que Neilton estava havia 12 amigos, a maioria de Comendador Soares, bairro de Nova Iguaçu.
A operação de buscas pelos desaparecidos segue, "com apoio de guarda-vidas, embarcações, mergulhadores e sobrevoos de aeronave", de acordo com uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros.