Com as mais diversas reivindicações, pessoas mobilizadas pela paralisação dos caminhoneiros se uniram nos protestos no entorno da Refinaria Alberto Pasqualini e distribuidoras próximas, em Canoas. As pautas variam desde pedidos de intervenção militar a protestos contra privatização das estatais.
Além dos caminhoneiros, a categoria que mais esteve presente desde terça-feira da semana passada foi dos motoristas de aplicativos. Incomodados com o aumento no preço da gasolina, montaram um acampamento ao lado da entrada principal da Refap. Nesta terça-feira (29), o movimento perdeu força e poucos permaneciam no local.
— Estamos pedindo a redução de todo o insumo do petróleo. Gás de cozinha, gasolina e diesel. Não temos bandeira partidária — contou o motorista de aplicativo Ricardo Schutz.
Morador da Região Metropolitana, Reinaldo Pereira está acampado há nove dias no entorno da refinaria. Se define como uma pessoa que "participa por conta própria", e possui uma pauta mais abrangente.
— Não é só a gasolina. Acho ideal a vida social, melhor saúde, melhor salário, educação, segurança pública — descreveu Pereira.
Durante a semana de manifestações, houve ainda muitos pedidos de intervenção militar. Vestindo verde e amarelo, os manifestantes pediam a saída do presidente Michel Temer e o retorno dos militares ao poder. Após confronto com a Brigada Militar na segunda-feira (28), enquanto tentavam impedir a saída de caminhões das distribuidoras, a adesão diminuiu nesta tarde e não houve tentativas de impedir o trânsito de caminhões.
Petroleiros vão paralisar
Enquanto a manifestação do lado de fora começa a perder força, os funcionários da Refap prometem paralisar por 72 horas a partir da madrugada de quarta-feira (30). Os principais pedidos são mudança na política de preços da Petrobras, fim das importações de petróleo e saída do presidente da estatal, Pedro Parente.