Com três anos de atraso, a Travessia Urbana de Santa Maria chega, enfim, à metade dos serviços executados. Importante obra para o cenário da mobilidade de Santa Maria e do entroncamento do centro do Estado, a travessia – que prevê a duplicação de trechos das BRs 158 e 287 – está com 54% da obra concluída.
Iniciada em 22 de dezembro de 2014, a obra tinha prazo de conclusão de três anos. Agora, deve ser entregue apenas em 2020. A nova projeção é da assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-RS) no Rio Grande do Sul.
O atraso no prazo inicial, conforme o superintendente do Dnit no Estado, Hiratan Pinheiro da Silva, está associado ao momento econômico do país. Segundo ele, o governo federal não consegue repassar na velocidade suficiente a quantia necessária de recursos para garantir celeridade aos trabalhos.
A obra prevê a duplicação de 14,5 quilômetros e está orçada em R$ 309 milhões. Até o momento, foram investidos R$ 158,8 milhões. Serão quase 20 obras – entre viadutos e pontes. Neste ano, foram entregues dois viadutos nas regiões sul e leste da cidade.
Os trabalhos, que envolvem mais de 200 operários, ocorrem em duas frentes: no lote 1 (entre os trevos da Uglione e do Castelinho) e no lote 2 (do Trevo da Uglione até a ponte sobre o Arroio Taquara, perto da Ulbra). No lote 1 foram investidos R$ 37,1 milhões. No lote 2, até o momento, são mais R$ 33,4 milhões.
Além dos trabalhos de toda a duplicação nos dois lotes, também estão previstas iluminação em toda extensão da pista e trechos com ciclovias.
Verba
Para o próximo ano, a obra de Santa Maria tem garantido o aporte de R$ 38 milhões, recurso previsto pelo Ministério do Planejamento. O valor seria o suficiente para seis meses de obra, conforme o Dnit.
A efeito de comparação, neste ano, a travessia recebeu R$ 69 milhões. Agora, para o último mês do ano, o Dnit conseguiu a liberação de mais R$ 15 milhões para os serviços, o que impediu que os serviços fossem interrompidos.