Ainda que não tenhamos sentido muito calor até agora, o verão que começa em 21 de dezembro promete ser mais quente do que o anterior, com períodos mais secos para a agricultura, estima a Somar Meteorologia. Será um período afetado pelo fenômeno La Niña, que provoca a diminuição da temperatura na água dos oceanos Pacífico e Índico e intensifica as massas de ar frio, o vento forte e o mar agitado. O aumento da temperatura no Atlântico - para alegria de quem veraneia no litoral gaúcho - também está previsto a partir de dezembro.
- Com a temperatura mais elevada no Oceano Atlântico, principalmente nas áreas mais próximas do litoral, a gente deve ter uma temperatura noturna mais elevada do que a média - avalia o meteorologista Celso Oliveira, da Somar.
A previsão da Somar é que a temperatura do verão seja, em média, de 0,5ºC a 1ºC acima do normal para a época. É importante levar em consideração que, para calcular a diferença, não basta somar um grau à temperatura anterior. Este índice é uma média dos 90 dias de verão, que considera dias de calor extremo e também dias mais frios. O que deve mudar é o tamanho dos períodos de calor extremo (acima de 30ºC). Enquanto no último verão o Rio Grande do Sul passou por vários dias seguidos de calor forte, neste ano serão reduzidos a um ou dois dias em sequência de alta temperatura.
- Em 2017, teve uma sequência de uns 20 dias de temperatura muito alta, entre o final de fevereiro e o início de março - comenta o meteorologista.
Desta vez, acrescenta, não acontecerá o mesmo. Mas, alerta:
- Vai chegar a 36ºC, com certeza, talvez até mais. A gente deve chegar a 37ºC, 38ºC.
E quando o calorão chega, costuma, também, ocorrer uma corrida em busca de equipamentos de ar-condicionado. Quem pretende fugir do calorão investindo em um aparelho precisa saber que é possível economizar na compra ou no uso do equipamento. Confira as dicas abaixo.
Economize na compra e no uso do ar:
Na compra
Calcule a potência necessária para o ambiente: fabricantes aconselham multiplicar 600 BTU por metro quadrado do ambiente a ser refrigerado, adicionando 600 BTU a cada pessoa que usará o local. Por exemplo: em um quarto de 15 metros quadrados, calcula-se 600 x 15 = 9 mil. Se for um quarto de casal, adiciona-se 600 x 2 (cada pessoa), então seriam, no mínimo, 10.200 BTU.
Opte por aparelhos com a tecnologia Inverter: esses aparelhos gastam menos energia porque o compressor não é desligado. Por não gerar picos de energia, pode gastar até 40% menos de energia do que um aparelho normal.
Contrate um eletricista antes: é importante ter certeza se o ambiente está apto a receber um ar-condicionado. Por isso, solicite a avaliação da fiação interna.
Antes de se comprometer, pesquise: o ideal é priorizar modelos que tenham o selo A, que sinaliza aparelhos mais econômicos e eficientes no consumo de energia. No site do Inmetro, na seção Tabelas de Eficiência Energética, é possível comparar os modelos conforme a marca.
No uso
Ao instalar, procure os ambientes mais frescos da casa: também leve em consideração a presença de computadores, geladeiras, projetores ou televisões. Será necessária mais potência para impedir o superaquecimento dos aparelhos.
Mais luz, mais calor: quanto mais fontes de calor, mais se exige do aparelho e mais se gasta na conta da energia elétrica. Lâmpadas podem elevar a temperatura de um cômodo em até 5º C. Opte por lâmpadas de led, que não geram calor.
Não se esqueça da limpeza: todos os aparelhos pedem manutenção periódica e limpeza para funcionarem corretamente.
Casa fechada, casa gelada: para evitar a troca rápida de calor com o ambiente externo, feche as janelas e portas do ambiente.
Hora marcada: a maioria dos aparelhos que são comercializados atualmente tem função Timer. Programe o desligamento automático durante a madrugada, para economizar energia. Com o amanhecer, o ambiente passa por um resfriamento natural.
Fonte: CPFL Energia