Efetivado como treinador do Corinthians no início da temporada, Fábio Carille ainda não havia passado por um momento como o atual: duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro e críticas em razão da estagnação da equipe no segundo turno após alcançar o melhor turno da história na primeira metade do torneio. Antes da partida contra o Racing (ARG) pela Copa Sul-Americana, o comandante falou sobre o que espera deste duelo e tratou de acalmar os ânimos ao responder uma pergunta: há motivo para preocupação?
– Não. Está tudo sob controle, não podemos querer mudar sistema de jogo ou nos desesperar por conta de duas partidas - avisou Carille, que entende as críticas em razão da atual fase do Corinthians.
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– É normal, se as críticas não aparecem não é Corinthians. Esses oito anos como auxiliar me fortalecem a seguir as minhas convicções. Estou muito tranquilo e ciente de tudo. O ponto da mudança no Brasileiro é contra o Vasco domingo, fazer um bom jogo e conquistar a vitória. Não planejo escalação, segurar esse ou aquele, e sim jogo a jogo. Penso nesse jogo, da importância de fazer um bom jogo, não tomar gol em casa, para depois pensar no Vasco.
Depois de somar 47 pontos em 57 possíveis no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Corinthians deixou nove pelo caminho na segunda metade. Pela Sul-Americana, já eliminou Universidad de Chile e Patriotas (COL) e agora tem os argentinos pela frente. Carille não acredita que os adversários já tenham "desvendado" a forma de jogar corintiana.
– Essas perguntas começam a acontecer em cima de rendimento, e dos quatro jogos desse turno não gostei da nossa intensidade e criação contra o Vitória. Chapecoense tínhamos desfalques e foi um jogo de segurança, contra o Atlético-GO criamos muito e contra o Santos é difícil criar, jogar lá na Vila. Essa questão de saber como o Corinthians joga técnico não vê só em setembro. Os resultados fazem pensar, tivemos jogos que fomos melhor e não ganhamos, com o adversário jogando no nosso erro. É claro que os adversários nos analisam, como nós analisamos os adversários – argumenta o técnico, que não pretende fazer nada diferente do que tem sido feito até agora.
- Temos que seguir nossas convicções, trabalhando bastante finalização para que quando a oportunidade chegue estejamos prontos.
*LANCEPRESS