Você se lembra de alguma grande obra viária que começou e terminou no prazo previsto nos últimos anos na Região Metropolitana de Porto Alegre? Consultamos o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e a Prefeitura de Porto Alegre.
Quando uma obra é prevista os projetistas calculam um prazo para execução dos serviços, mas o que deveria ser regra acaba sendo exceção. Para não dizer que todas atrasam, há uma obra que foi entregue na data prevista. É a construção dos viadutos da BR-116, em Sapucaia do Sul.
A ordem para início das obras foi dada em dezembro de 2012. O serviço precisava ser entregue em dois anos. E foi o que ocorreu. A parte de cima do viaduto passou a ser usada a partir do fim de junho de 2014. Os serviços remanescentes foram finalizados até dezembro do mesmo ano. Os dois viadutos foram erguidos ao custo de R$ 32,61 milhões.
Por que deu certo? Na ocasião, o governo federal tinha dinheiro. Não havia risco de contingenciamento por causa da crise. A construtora responsável não apresentou problemas na execução dos trabalhos e tinha um meticuloso plano de realização da obra.
O que demorou foi o processo licitatório. O Dnit precisou realizar quatro licitações, pois as três primeiras foram frustradas. O adiamento acabou sendo útil. O último projeto possibilitou, por exemplo, que estes dois viadutos sejam os únicos da BR-116 que contam com três faixas de tráfego em cada sentido.