Desde o dia 1º de agosto, quando começaram os protestos de caminhoneiros contra o aumento de impostos sobre os combustíveis, até o último sábado (5), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplicou mais de R$ 220 mil em multas a motoristas que usaram veículos para bloquear o trânsito em rodovias federais gaúchas.
No período, foram mais de 60 multas, no valor de R$ 3,8 mil cada. A infração é baseada na lei 9.503, do Código de Trânsito, que proíbe a utilização de veículos para o bloqueio de estradas federais.
Na sexta-feira passada (4), quando a PRF registrou 22 pontos de bloqueios em rodovias do Rio Grande do Sul, a Justiça concedeu uma liminar impedindo a interrupção do trânsito nas estradas. Desde então, a paralisação perdeu força – segundo a PRF, não há registro de protestos desde segunda-feira (7).
Leia mais:
Com protesto de caminhoneiros, começa a faltar gasolina em postos de Pelotas
Criança é atingida por pedra durante protesto de caminhoneiros
Petrobras aumentará preço da gasolina e do diesel na sexta-feira
Com a decisão judicial da Polícia Rodiviária Federal, as mobilizações passaram a ser feitas em rodovias estaduais. Caminhoneiros seguiram realizando protestos, nesta quarta-feira (9). De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, houve interrupção – para todos os tipos de veículos – na altura do km 102 da RS-324, em Ronda Alta. Cerca de 100 pessoas liberavam o trânsito a cada 45 minutos.
Outras concentrações menores foram registradas nas margens da RS-377, no km 356, em Manoel Viana, no km 200, em Capão do Cipó e na RS-155, no km 45, em Macieira.
Além da redução no valor do combustível, caminhoneiros também reivindicam a aprovação de um projeto de lei que estabelece valor mínimo para o frete, aposentadoria para profissionais com 25 anos de carreira e também que o governo reconsidere a redução no quadro de policiais rodoviários.