A Central de Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Santa (Husm) só deve começar o atendimento à população no fim do primeiro semestre de 2018, mesmo que a previsão de entrega da obra seja para novembro deste ano. A projeção é da direção do hospital.
A obra, iniciada em 2013 e parada em 2015, contabiliza várias idas e vindas e, agora, deve ser concluída em novembro deste ano. No momento, 80% da obra, que tem um custo de R$ 7 milhões, está executada.
Na prática, a Central de UTI's passará dos atuais 48 para 82 leitos – sendo 30 deles adultos, 22 intermediários neonatais, 20 neonatais e 10 de pediatria. E onde hoje estão os da UTI serão abertos leitos normais.
Conforme Elaine Resener, diretora do Husm, a abertura da unidade exigirá a contratação de pessoal – por meio de concurso público – e compra de mobiliário e de equipamentos – com abertura de licitações – para colocar a unidade em funcionamento.
Se as licitações transcorrerem sem qualquer tipo de percalço, a ideia é que a central esteja em funcionamento até julho do próximo ano. A direção do Husm quer que o governo federal autorize a contratação de funcionários para trabalhar junto à Central de UTI's.
Na próxima segunda-feira (28), dois profissionais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Husm, estarão no hospital para fazer um redimensionamento de pessoal necessário para atuar na Central de UTI's.
Já está em fase de conclusão um outro levantamento, que trata dos valores necessários para a compra de mobiliário e de equipamentos para a unidade. Após isso, serão abertas licitações para a aquisição dos materiais.
Reconhecimento e mais recurso
O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) passou a ser reconhecido como hospital de grande porte. Essa alteração na classificação ocorreu ainda no mês passado, conforme a direção do Husm.
O reconhecimento se deu por parte do Ministério da Saúde, uma vez que o hospital passou a ter 403 leitos. E acima de 400, o hospital passa à condição de categoria de grande porte. Em 2014, por exemplo, o hospital contava com 320 leitos, o que configurava uma unidade de médio porte.
O efeito prático nessa alteração quer dizer que o hospital fica habilitado a receber mais recursos públicos do governos federal e estadual. O reflexo maior disso, conforme a direção do hospital, é que o governo do Estado terá de passar mais verba à unidade a partir dos novos contratos de metas com o Piratini.
O Ministério da Saúde também reconheceu, no último dia 16 deste mês, o serviço de atendimento a gestantes de alto risco. Agora, o Husm aguarda saber, nos próximos dias, quanto de recurso virá da União para a unidade. Os serviços de obstetrícia são prestados há mais de 20 anos no hospital e outro ganho ao Husm é que o hospital poderá receber recursos do Projeto Cegonha do governo federal.