No fim da tarde de segunda-feira (12), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região manteve a absolvição de três acusados no processo do acidente com o Airbus A-320 da TAM que, em 17 de julho de 2007, deixou 199 pessoas mortas nas imediações do Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo. A decisão foi tomada de forma unânime pelos magistrados da 5ª Turma, no julgamento que ocorreu na capital paulista. O Ministério Público Federal poderá recorrer.
A posição representa a ratificação da absolvição decidida pela 8ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, no dia 4 de maio de 2015. Respondiam ao processo o então diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Maria Ayres Abreu, que ocupava o cargo de diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Eles eram acusados de crime contra a segurança do transporte público e contra a incolumidade pública.
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A apelação do MPF tramitava desde julho de 2016 e foi colocada em pauta para julgamento na segunda a pedido do relator, o desembargador Paulo Fontes.
Participaram da apreciação o desembargador André Nekatschalow e a juíza convocada Marcelle Carvalho. O teor dos votos dos magistrados não havia sido divulgado até a noite de segunda pelo Tribunal. O Ministério Público ainda não informou se recorrerá a instâncias superiores reforçando o pedido de condenação das partes.
O desastre ocorreu no aeroporto de Congonhas, com um avião Airbus A320 que saiu de Porto Alegre, e matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007. É considerado o maior na história da aviação brasileira.