O novo chefe dos promotores e procuradores de Justiça do RS, Fabiano Dallazen, começa a trabalhar hoje com promessas de um combate sem trégua à corrupção.
– A corrupção e a incompetência, e não o seu desvelamento e enfrentamento, produziram esse caos em termos de miséria e desemprego – declarou Dallazen, ao tomar posse, sexta-feira, como procurador-geral de Justiça.
A cerimônia ocorreu no auditório das Torres Gêmeas do MPRS, em Porto Alegre.
Gaúcho de Carazinho, Dallazen ocupava na última gestão o cargo de subprocurador para Assuntos Institucionais do MP. Agora esse cargo será ocupado por Marcelo Dornelles, que até sexta-feira era o procurador-geral de Justiça.
Dallazen usou palavras fortes para os que tentam contemporizar a cruzada anticorrupção que tem pautado a atuação dos promotores e procuradores brasileiros, tanto os estaduais quanto os federais. Ele citou uma frase do escritor italiano Dante Alighieri:
"Os lugares mais quentes do inferno são reservados para àqueles que em tempo de crise escolheram a neutralidade" - discursou.
Dallazen afirmou que atuará na articulação e integração com os demais órgãos no combate à criminalidade. A ideia é o compartilhamento de responsabilidades, atuação integrada e busca de resolutividade.
"A redução da criminalidade violenta e da criminalidade organizada serão pauta prioritária, diária, sempre presente em toda a sua extensão, para o Ministério Público gaúcho", resumiu.
O novo PGJ disse também que buscará aproximar o MP das demandas sociais, concentrando esforços e recursos em áreas de grande impacto social, como a segurança pública, a saúde, a educação, a sustentabilidade e a proteção social. "Sempre com foco na resolução extrajudicial e preventiva", ressalvou ele.
Dallazen ainda fez ainda um agradecimento especial ao ex-PGJ e agora subprocurador Institucional, Marcelo Dornelles, "...o primeiro promotor de Justiça que assumiu a Procuradoria-Geral de Justiça após a Constituição de 1988 e que conduziu e fez a instituição avançar em tempos de extrema dificuldade", ressaltou o novo PGJ.
Dallazen também é promotor.