A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou, por meio de nota, nesta quinta-feira (29), que as empresas de ônibus da Capital irão descontar o salário dos funcionários, caso os veículos não saiam das garagens nesta sexta-feira (30). As centrais sindicais prometem montar piquetes para tentar impedir a saída dos veículos durante a greve geral.
Conforme a ATP, o desconto na folha incluirá o dia não trabalhado, o repouso semanal remunerado e o vale-alimentação correspondente ao período.
– Apesar de respeitarmos o movimento, trata-se de uma paralisação ilegal, que fere o direito de ir e vir da população, a maior prejudicada em um episódio como esse – declarou o diretor-executivo da ATP Gustavo Simionovschi.
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Segundo o diretor, as empresas "estão em situação financeira difícil" e um dia de greve agravaria o problema.
Conforme o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, os condutores deverão trabalhar normalmente. O vice-presidente da entidade, Emerson Dutra, disse em entrevista a ZH que os motoristas tiveram o ponto cortado em abril e que, por isso, não querem sofrer novo corte. Apesar disso, ele afirmou que a categoria apoiará a paralisação, de outra forma:
– Não vamos para as portas das garagens desta vez, mas pretendemos fazer um ato no terminal Cairu (na esquina da Avenida Farrapos com a Rua Cairu, no bairro Navegantes), provavelmente pela manhã. Somos contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Mesmo sem a ajuda dos rodoviários, as centrais sindicais mantêm a intenção de bloquear a circulação de ônibus a partir das 4h.