Presente em mais de 55 países, a Vice afirma ser a maior media company jovem do mundo. O diretor de novos negócios da Vice Brasil, Edu Cama, compartilhou com uma plateia lotada algumas práticas da empresa no painel "A diferença que vem das ruas e que vem do conteúdo".
– Todo mundo fala que os jovens não assistem notícias. Para a gente, isso não é verdade. Nosso canal não tem aquele apresentador atrás de um balcão, nossos hosts estão na rua.
Segundo Edu, a Vice tem parcerias com Google, Twitter, Snapchat, HBO, Youtube, Facebook e outros. Além disso, eles exigem uma postura diferenciada dos seus anunciantes:
– Além de fazer a publicidade tradicional, a gente acredita que o anunciante tem que pensar como um veículo, criando seu próprio canal com o cliente. Acreditamos no branded publishing, com a marca criando seu próprio conteúdo que tem que ser real e relevante para o espectador.
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No Brasil, a Vice tem uma estrutura montada para ajudar as marcas a produzirem esse conteúdo autêntico. Um dos cases apresentados no festival foi o curta-metragem sobre mobilidade urbana Ciclos, desenvolvido pela Vice para o Itaú. O filme foi lançado em salas de cinema, na internet e em praças públicas.
– Em volta desse filme, a agência Africa desenvolveu merchandising, lançamento no cinema, mídia impressa. A gente tem recebido muito isso: agência pedindo para gente criar conteúdo que depois vira o motor da campanha.
Segundo o diretor, a audiência se converterá em consumo quando o espectador criar uma relação sólida com a marca.
– O conteúdo deve sobreviver à marca e seus produtos. Você tem que oferecer verdade as pessoas, e ser profundo.
Para a Vivo, a Vice desenvolveu Game Changers, quatro webséries (depois também transmitidas na ESPN) sobre o universo dos games e, para a Ambev, criou a plataforma Brahma SRTNJ, que lança uma série sobre música sertaneja por semana.
– A gente não tem a ver com sertanejo, mas a gente sabe desenvolver conteúdo para jovens.