Com a cheia do Rio Uruguai, no Noroeste, as balsas que ligam o Brasil à Argentina estão sem operar desde a última terça-feira (30). A interrupção da travessia prejudica os negócios entre o Rio Grande do Sul e o país vizinho, já que não há como fazer o transporte de produtos.
O serviço está suspenso entre Porto Mauá e Alba Posse (Argentina), entre Porto Xavier e San Javier (Argentina), entre Porto Vera Cruz e Panambí (Argentina), e entre Tiradentes do Sul e El Soberbio (Argentina). A travessia só será retomada quando o nível do rio baixar.
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Além de ser perigoso fazer o transporte devido ao volume de água, as balsas não conseguem atracar nos portos. Em Porto Xavier, os caminhões carregados com produtos ficam parados, sem conseguir atravessar a fronteira, prejudicando a importação e a exportação na região.
– O transporte de balsa é muito requisitado, porque temos o comércio internacional em Porto Xavier, com exportação e importação. Há caminhões parados do lado brasileiro e do lado argentino. Nesta tarde (quinta-feira), são 80 caminhões no pátio da Receita Federal – lamenta o prefeito Vilmar Kaiser.
Em Porto Mauá, apesar de o transporte ser menos intenso, também há caminhões parados. Já em Porto Vera Cruz e em Tiradentes do Sul, a balsa é utilizada principalmente para turismo, e o fluxo de turistas é praticamente nulo.
Por rodovias, o trajeto mais perto é por São Borja, mas os caminhões só se deslocam quando os produtos são perecíveis. Os trechos variam entre 170 km e 370 km, com tempos de deslocamento entre 2h e 5h, a partir das quatro cidades até São Borja.