Há uma semana, a Serra Gaúcha foi atingida por fortes temporais que deixaram duas pessoas mortas. Os maiores estragos foram no distrito caxiense de Vila Oliva, onde 130 famílias foram cadastradas para receber auxílio na reconstrução das casas. Esse número poderá ser atualizado porque o levantamento continua sendo feito pelas equipes da prefeitura.Conforme o último levantamento, 65 casas foram destruídas e outras 66 ficaram danificadas. O Secretário da Habitação, Elisandro Fiuza, informa que os laudos estão sendo elaborados para apresentação junto ao decreto de emergência. Também é verificada a possibilidade de adiantamento do FGTS para as famílias atingidas.
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Segundo Fiuza, os materiais de construção que ainda são necessários são tijolos, cimento, telha e madeiramento para estrutura das casas. Uma equipe com engenheiro, dois marceneiros e um pedreiro trabalha no distrito.Conforme a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Rosana Menegotto, a contagem de atingidos pelo temporal é atualizada de forma gradual porque muitas pessoas não buscaram ajuda do município. Em deslocamento com viatura em locais mais afastados da sede de Vila Oliva, a presidente da FAS afirma que foram encontradas outras pessoas que tiveram prejuízos, incluindo famílias de imigrantes haitianos que trabalham em lavouras do distrito. A FAS fez o cadastramento de famílias para receberem benefícios eventuais, como renda emergencial e auxílio transporte.
Conforme Rosana, algumas pessoas pediram auxílio para retornar aos seus municípios de origem em outras regiões do Estado. A prefeitura está atualizando a dimensão do estrago, que é estimado em R$ 7 milhões. Além de Vila Oliva, 70 casas foram danificadas por destelhamento em diferentes bairros de Caxias do Sul. Para estas, onde os estragos foram menores, Fiuza estima que a partir da próxima segunda-feira a prefeitura terá telhas e madeira para distribuir aos moradores.
Veranópolis
Nesta quarta-feira, a prefeitura de Veranópolis terminou o relatório dos estragos e encaminhou a documentação necessária para o decreto de emergência à Defesa Civil do Estado. Na área urbana, 720 famílias foram cadastradas na Defesa Civil e outras 140 na área rural. Moradores de outras 500 casas não procuraram a Defesa Civil porque têm seguro residencial.
Conforme o prefeito, Waldemar De Carli, o mais preocupante é a situação das estradas do interior. Também na área rural, foram danificados 140 galpões utilizados para guardar máquinas. A prefeitura estima ainda contabiliza o valor dos estragos, mas estima que fique entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.