A duplicação e melhoria da rede de drenagem, esgoto e elétrica da Avenida Ernesto Neugebauer e da Rua José Pedro Boéssio, na zona norte de Porto Alegre, estão paradas por falta de dinheiro. Os trabalhos não são executados há dois meses.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, há pendências financeiras. O valor total da dívida é de R$ 5,3 milhões, sendo que R$ 2,3 milhões são de contrapartida da prefeitura.
"No atual quadro financeiro da prefeitura, que assumiu o governo com dívidas da gestão anterior, não há recursos disponíveis para custear essa contrapartida", informa nota divulgada pela secretaria.
A obra deveria ter sido concluída em março. Mesmo que seja retomado neste mês, o serviço não seria finalizado antes de abril de 2018.
A região sofre com alagamentos e falta de calçada para pedestres. Além de ser uma das rotas de entrada na cidade, a área também recebe maior movimento desde a inauguração da Arena do Grêmio.
A autorização para a realização das obras foi dada no fim de abril de 2016. Porém, apenas parte dos serviços está sendo realizada. A licença ambiental para começo dos trabalhos na Rua José Pedro Boéssio ainda não foi obtida. Primeiro, a secretaria precisa de recursos para contratar empresa que irá solicitar a licença que garante o começo das obras.
Como a avenida tem grande movimento, a obra foi dividida em quatro etapas, a fim de evitar o bloqueio total da via. A primeira etapa, entre a Pedro Boéssio e a Rua Ely Leite Urdapiletta, já está pronta. A segunda, entre a Ely Leite Urdapiletta e a Avenida Amynthas Jacques de Moraes, está em execução.
A próxima fase será a execução das obras entre a Pedro Boéssio e a Freeway. A última ocorrerá entre a Amynthas Jacques de Moraes e a Rua Dona Teodora.
A empresa Pedracon Mineração é a responsável pela obra. Os serviços foram projetados para custar R$ 21,89 milhões (R$ 21.894.948,26). Até agora, 47,72% dos trabalhos na Ernesto Neugebauer já foram realizados, ao custo de R$ 11,1 milhões (R$ 11.164.135,13). As obras são executadas, principalmente, graças à uma verba de R$ 19 milhões liberada pelo programa PAC2 do governo federal.