A casa noturna onde dois delegados federais do Rio de Janeiro foram mortos na madrugada desta quarta-feira, na região continental de Florianópolis, amanheceu fechada e sem qualquer aviso na porta. Segundo os moradores da região, todas as manhãs, funcionários colavam na fachada do local um pequeno e discreto bilhete com o horário de atendimento e os serviços disponíveis. Nesta manhã, no entanto, não havia informações e ninguém foi encontrado. O local era conhecido nos arredores como Porta Azul.
Com a chuva forte que caía, a movimentação era tranquila em frente ao local, que funciona na primeira quadra da movimentada Rua Fúlvio Aducci, no bairro Estreito. Ninguém foi visto entrando ou saindo da casa e apenas a imprensa passava pelo local.
– Eu nem sabia que funcionava uma casa noturna. Eu chego e saio cedo daqui e fiquei muito surpresa com o que me contaram. Não vi ninguém da polícia por ali. Era muito discreto – contou uma mulher que trabalha próximo ao local e preferiu não se identificar.
Na região, a maioria dos imóveis funciona como loja de móveis, roupas ou utensílios domésticos. Conforme contou uma moradora, pelo menos quatro tiros puderam ser ouvidos antes de toda a movimentação da polícia começar. O barulho das sirenes acordou a senhora por volta das 3h.
Segundo a investigação da Polícia Civil, que conta com a ajuda da Polícia Federal, a briga envolvendo Elias Escobar, 60 anos, Adriano Antônio Soares, 47, e Nilton Cesar Souza Junior, 36, começou dentro do estabelecimento e os tiroteios aconteceram no corredor do terreno que dá acesso ao local. De acordo com o boletim de ocorrência, feito por um segurança da casa, o estabelecimento também era utilizado para prostituição. O imóvel de dois pavimentos abriga ao menos cinco quartos no andar de cima.
Leia mais notícias: