Primeiro dia útil após o ataque hacker cometido na última sexta-feira (12), a segunda-feira (15) começou com temor de que serviços públicos pudessem ser interrompidos ou de que os computadores pessoais pudessem sofrer instabilidade. No entanto, ao que indicam instituições e empresas gaúchas, o ciberataque, que atingiu cerca de 200 mil usuários em pelo menos 150 países, não causou maiores danos ao Rio Grande do Sul.
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Conforme a assessoria de imprensa da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), responsável pelos serviços e segurança de informática dos órgãos do Estado, não houve nenhum impacto no sistema. Isso porque, segundo a companhia, é "prática do governo" manter as versões mais recentes dos sistemas operacionais e antivírus.
Como o ciberataque foi resultado da ação de um vírus que se espalhou a partir de uma falha do Windows, a própria Microsoft confirmou que havia sido detectada uma falha de segurança em março e recomendou a atualização de versões em diversos sistemas operacionais, entre elas Windows 7, 8 e 10.
O empresário Reges Bronzatti, que faz parte do conselho da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), disse que não houve confirmação de nenhuma empresa afetada no Rio Grande do Sul
Diferente do que aconteceu com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o TJ-RS não sofreu nenhuma intervenção. "Até o presente momento não houve indicativos de ataques", divulgou, em nota, o tribunal, que adotou medidas preventivas indicadas pelos fabricantes de antivírus e sistemas operacionais. Entre elas, "a implantação de regras de bloqueios adicionais e atualizações que foram sendo publicadas desde sexta-feira e durante o final de semana. Nenhum serviço chegou a ser afetado".
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS) informaram que, até o momento, não houve relatos de seus associados sobre transtornos relacionados ao ciberataque.
O superintendente do sistema Fiergs, Carlos Zuanazzi, disse que os servidores da instituição foram desligados sexta-feira à noite após reunião de emergência. A medida de segurança seguiu até a manhã desta segunda-feira, quando a federação retomou suas atividades após o fim de semana. De acordo com Zuanazzi, não foram detectados sinais de interferência.
ZH contatou, ainda, Banrisul, Ministério Público, Trensurb e CEEE – nenhum registrou problemas, embora também tenham adotado ações de prevenção, e garantem que o serviço à população não foi prejudicado. O Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-RS) contatou algumas instituições e também disse que nenhuma apresentou problemas.
Já o INSS, que fechou agências no Estado mais cedo na sexta-feira por recomendação da diretoria nacional, apresentou lentidão nos atendimentos durante a manhã desta segunda-feira (15). Segundo a assessoria, o motivo foi a retomada gradativa dos sistemas online. No entanto, garantiu que a situação foi normalizada e que todos os serviços estão funcionando.
*Zero Hora