Um mistério tomou conta de Rio Branco, no Acre, repercutiu nas redes sociais e chegou ao topo da lista dos assuntos mais comentados no Twitter em todo o Brasil: o desaparecimento do estudante de Psicologia Bruno Borges, 24 anos. Desde o dia 27 de março, a família não tem qualquer notícia do jovem.
Nas paredes do quarto de Bruno, foram encontradas mensagens criptografadas (escritas em código), passagens da Bíblia e frases de Leonardo da Vinci. No cômodo, ainda havia uma réplica da estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1560), condenado à morte na fogueira pela inquisição romana por heresia, e 14 livros escritos à mão, também criptografados.
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A mãe dele, Denise Borges, contou ao Diário Gaúcho que, em 27 de março, a família almoçou reunida e que tudo parecia bem. Depois da refeição, Bruno e o pai iriam de carro até a casa onde vivem, mas, perto do local, se separaram, e o jovem seguiu a pé. Passou em casa e, depois, não foi mais visto.
Os pais haviam voltado de uma viagem que durou 25 dias. Nesse período, segundo Gabriela Borges, irmã de Bruno, o jovem se isolou no quarto, que ficava sempre trancado.
– Era um quarto normal, com cama e guarda-roupa. Nada nas paredes – lembra Gabriela.
A réplica da estátua que estava no quarto do jovem, conforme a irmã, foi encomendada na semana anterior ao desaparecimento a um artista plástico de Rio Branco. A família conversou com esse artista e foi informada de que o estudante pagou R$ 9 mil pela obra.
Quando se deu conta do sumiço, a família ficou preocupada e cogitou se tratar de um sequestro. Depois, ao analisar o que ele havia feito no quarto, passou tratar o caso com um pouco mais de tranquilidade.
– Ficamos bastante preocupados. Agora a gente acredita que ele está bem. Ele tem um projeto, que é a publicação desses 14 livros. Acho que ele precisou fazer dessa forma – diz Gabriela.
Dedicação ao estudo
Bruno cursa o oitavo semestre de Psicologia. Antes, foi estudante de Direito e de Administração, mas interrompeu as graduações. A irmã do rapaz conta que ele é superdedicado aos estudos.
– Ele começou a desenvolver o gosto pela filosofia na adolescência – conta, lembrando que o irmão é leitor voraz. – Ele leu a bíblia inteira e leu livros de espiritismo. Acho que ele queria ler sobre tudo para poder escrever os livros dele – conclui.
Repercussão
Nas redes sociais, muita gente está intrigada com o desaparecimento de Bruno, buscando entender o que pode ter acontecido. A repercussão é tão grande que o assunto chegou à lista de assuntos mais comentados do Twitter em todo o Brasil.
Investigação
Conforme o portal G1, o caso é apurado pela Delegacia de Investigação Criminal (DIC). Conforme o coordenador, delegado Fabrizzio Sobreira, o caso segue em sigilo, mas todas as possibilidades estão sendo consideradas.