Tornadas públicas nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as delações de Fernando Cunha e Paulo Welzel, ex-executivos da Odebrecht Ambiental, citam o episódio em que André Agostini Moreno, atual assessor da Casa Civil de Santa Catarina, teria recebido R$ 2 milhões da empresa em outubro de 2014, em um hotel de São Paulo.
De acordo com um dos relatos, a origem do envolvimento de Agostini no caso começou quando o executivo se encontrou com o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, em um restaurante de Florianópolis no dia 5 de agosto de 2014. Na ocasião, segundo o delator, Gavazzoni teria pedido "R$ 2 milhões em contribuições não contabilizadas". A quantia então teria sido repassada a Agostini no dia 23 de outubro daquele ano no Hotel Grand Hyatt, no Brooklin, em São Paulo. O delator diz que "o Sr. André Agostini Moreno, que me parece é primo do governador Colombo, de sua mesma cidade, Lages."
Em fevereiro de 2016, durante a 23ª fase da operação Lava-Jato, anotações em planilhas encontradas nas casas de diretores da construtora citavam Agostini, que está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro do ano passado. Por conta disso, em 22 de março de 2016, Agostini foi alvo de uma condução coercitiva pela Polícia Federal em Florianópolis, durante a Operação Xepa, 26ª fase da Lava-Jato.
Agostini está lotado em um cargo comissionado do governo do Estado com salário de R$ 10.242. Apesar de nomeado na Casa Civil, Moreno atua no Deinfra, órgão presidido pelo seu primo, Wanderley Agostini.
Acesse os documentos da delação que envolve Raimundo Colombo:
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