Anunciada no ano passado pelo presidente Michel Temer, a retomada de obras de pequeno porte no país ainda se arrasta. De um total de 1.600 empreendimentos, 436 voltaram a ser executados até agora, e 79 foram concluídos.
No Rio Grande do Sul, o ritmo é mais lento: dos 129 projetos parados, 25 (20%) foram retomados, e 5 (4%) concluídos. O balanço foi divulgado pelo Ministério do Planejamento, nesta quarta-feira (22).
O governo quer concluir 1.600 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao fazer o anúncio, em 7 de novembro, Temer disse que a meta era retomar 70% dos empreendimentos em 120 dias, prazo que terminaria em março. Agora, no entanto, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que deve ter havido um mal-entendido, e que o prazo estabelecido é junho deste ano.
“Não sei se alguma declaração, às vezes, tenha sido diferente. Mas a previsão original já era junho”, disse Oliveira.
O ministro considera o ritmo de retomadas de obras satisfatório e garante que o orçamento para concluir todos os empreendimentos está garantido. São projetos que têm custo estimado entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões, como creches, quadras esportivas de escolas, unidades de saúde e obras de saneamento.
À época do lançamento do plano, Temer afirmou que a iniciativa poderá criar cerca de 45 mil empregos durante o período de obras. O ministro do Planejamento não soube estimar quantas vagas já foram geradas.
A conclusão de todos os empreendimentos custará R$ 2,073 bilhões, segundo o governo. Até agora, foram encaminhados R$ 847 milhões.