A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) realizará ato contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência – enviada pelo Planalto ao Congresso no fim do ano passado. A manifestação ocorrerá em frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, às 11h30min. Em outras cidades brasileiras, representantes da categoria farão protestos em aeroportos locais em apoio à reivindicação da ADPF. Em Brasília, além dos policiais federais, agentes penitenciários, policiais rodoviários federais, policiais legislativos e guardas civis, entre outros estarão presentes na mobilização.
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A categoria solicita que o governo reconheça a atividade de risco como fator especial de aposentadoria. No texto encaminhado para análise e votação, apenas as Forças Armadas estão fora da reforma enquadrada na PEC.
Por meio de nota, a presidência da ADPF afirma que "governo federal não reconhece a atividade de risco como fator especial de aposentação e, na prática, acaba com a aposentadoria policial".
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS), Julio Cesar Nunes dos Santos, disse que a entidade que representa os policiais federais no Estado não vai realizar ato especifico em Porto Alegre, mas que cinco integrantes do Sinpef vão viajar, no início da manhã desta quarta-feira, a Brasília para se juntarem à manifestação organizada pela ADPF.
– Vamos nos unir a esse protesto, porque não concordamos com a proposta de reforma da Previdência. Não é possível um policial trabalhar até os 65 anos. Como um policial nesta idade vai combater o crime nas ruas, onde a idade dos criminosos está cada vez menor? – questionou.
Ainda segundo o vice-presidente do Sinpef, a proposta de reforma da Previdência "foi elaborada e enviada às pressas ao Congresso". Santos tem esperança de que alguns pontos da PEC, que afetam os policiais, sejam revertidos.
– Essa proposta foi enviada às pressas ao Congresso, nem deu tempo para discutirmos. Vamos para Brasília com a esperança de reverter essa situação, porque essa PEC é mais um golpe contra os policiais que arriscam suas vidas todos os dias nas ruas. Está cada vez mais difícil seguir carreira com essas mudanças – desabafou.
Conforme Santos, os protestos em aeroportos serão realizados apenas em municípios que não vão conseguir comparecer no ato em Brasília nesta quarta-feira.
*Zero Hora