Foi bem-sucedida a cirurgia para a retirada da próstata do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O procedimento foi realizado na tarde desta segunda-feira no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Ele deve ficar internado por mais três ou quatro dias e, depois da alta, terá um período de repouso, sem prazo mínimo definido. Isso pode atrasar o retorno do ministro a Brasília, inicialmente previsto para a próxima segunda-feira, dia 6 de março.
A próstata de Padilha foi retirada por meio de corte no abdômen, em procedimento do urologista Claudio Telöken. Como o órgão apresentava aumento em seu tamanho, não foi possível fazer a remoção com a videolaparoscopia.
O Hospital Moinhos de Vento divulgou boletim médico.
"O paciente Eliseu Padilha submeteu-se a procedimento urológico cirúrgico, sob anestesia geral, que transcorreu sem intercorrências. As condições gerais estão estáveis. Ele permanecerá em sala de recuperação pós-operatória monitorado pelas próximas 48 horas", diz o comunicado.
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Amigo de Temer, Yunes diz ter intermediado "envelope" em nome de Padilha
"Fogo amigo" deixa incerto futuro de Padilha no governo Temer
No Planalto, a permanência de Padilha no governo é considerada incerta. Amigo pessoal do presidente Michel Temer e ex-assessor especial da Presidência da República, o advogado José Yunes disse, neste final de semana, que a Lava-Jato precisa interrogar o ministro. Yunes revelou, em depoimento ao Ministério Público, ter recebido um envelope em 2014 a pedido de Padilha. O material foi deixado com Yunes por Lúcio Funaro, doleiro que está preso pela operação Lava-Jato.
Ex-diretor da Odebrecht e delator na Lava-Jato, Cláudio Melo Filho disse na colaboração que o escritório de Yunes serviu como ponto de entrega de propina da empresa para a cúpula do PMDB.
Yunes está disposto a participar de uma acareação com Padilha para esclarecer o suposto repasse de dinheiro da Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB.