Zero Hora ampliou em 7% sua circulação total em janeiro de 2017 em relação a igual período do ano passado. A média por dia foi de 205.894 exemplares, contra 192.488 no ano passado, segundo relatório do Instituto Verificador de Comunicação (IVC). Entre os cinco jornais de maior circulação do país, apenas ZH cresceu em 2016, conforme publicou ontem o portal Meio&Mensagem, especializado em mídia. O jornal do Grupo RBS conseguiu ampliar a média mensal de 197.322 exemplares por dia, em 2015, para 200.707, no ano passado.
Conforme a vice-presidente de Produto e Operações da RBS, Andiara Petterle, os números positivos devem-se a uma estratégia arrojada de assinaturas digitais. ZH aumentou em mais de 58% sua carteira de assinantes digitais em relação a 2015. Em 2017, a meta é mais ousada: crescer pelo menos 60%. Foram lançados produtos exclusivamente digitais: a modalidade de assinatura ZH Tablet, o ZH Noite, o novo aplicativo de notícias 24 horas e elaboração de conteúdos jornalísticos em diferentes formatos, como vídeos.
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Conforme a reportagem do Meio&Mensagem, a circulação de Folha de S.Paulo, O Globo, Super Notícia e o Estado de S. Paulo caiu no último ano. A Folha, maior jornal do Brasil, teve recuo de 7,8%. O Globo, segundo maior diário do país, também teve ligeira diminuição, de 2,9%. O mineiro Super Notícia teve redução de 12,6% na média mensal de circulação de 2016. E o Estadão caiu 8,4%. Os relatórios do IVC, que audita os principais jornais do Brasil, referem-se à totalidade da circulação de cada diário, somando impresso e digital.
Em redes sociais, Zero Hora finalizou o ano como líder nacional de engajamento, de acordo com índice medido pelo Torabit. Atualmente, as redes sociais são responsáveis por 26% de audiência do site do jornal.
Entrevista: Andiara Petterle, vice-presidente de Produto e Operações do Grupo RBS
"Temos um plano de aceleração do digital"
A que se deve o crescimento da circulação de Zero Hora, na contramão de outros jornais?
Deve-se a uma estratégia muito focada no crescimento da carteira digital. Desde que desenhamos nossa estratégia, em 2015, e até 2018/2019, temos um plano de aceleração do digital. É assim que será para a frente, é essa a nossa batida, mesmo com queda potencial da nossa circulação impressa. Esse foco no crescimento de assinaturas digitais exige que a gente renove o produto. Lançamos vários produtos no final de 2015, como o ZH Tablet e o ZH Noite, que foram produtos importantes de venda ao longo de 2016. Lançamos um novo app de notícias, que tem performance espetacular. Reformulamos nossa visão de digital, com muito mais vídeos, matérias muito mais focadas no digital. E, quando olhamos para 2017, será a mesma coisa: novos produtos no digital, um produto muito importante de esporte, bastante focado no tema assinaturas digitais.
Qual a estratégia para manter a média anual em 2017?
Queremos crescer nas assinaturas digitais, que chamamos de only digital, o leitor que é só assinante do digital, mas também avançar com o assinante do papel que hoje não usa o digital. Temos metas bastante agressivas: nossa ideia é crescer pelo menos mais 60% ao longo de 2017. A segunda questão é o fortalecimento do papel no fim de semana. Temos uma visão de cada vez mais incentivar nossos leitores a consumir o digital de segunda a sexta e o papel no fim de semana.
Qual a importância do jornal impresso no momento em que cada vez mais leitores consomem conteúdos jornalísticos por meio de plataformas digitais, principalmente mobile?
O papel, ao longo do tempo, é até mais importante do que já foi no passado. Antes, tinha a função de dar a notícia. Não tinha de se preocupar muito com profundidade, com análise, essa característica mais arrevistada do jornalismo. Hoje, não é mais o jornal papel que dá a notícia. Ela sempre acontece antes no digital. O papel tem de se reinventar para ser capaz de entregar análise, profundidade, muito mais os "porquês" do que "o quê”. Ele cresce de importância no tempo porque é a plataforma que entrega essa profundidade de que a gente precisa. Isso é mais forte, pelo hábito, no fim de semana, quando as pessoas têm mais tempo para se dedicar ao jornal. Elas gastam o dobro do tempo na leitura no fim de semana em relação ao que gastam durante a semana. A gente enxerga uma oportunidade aí de fortalecer o digital durante a semana, uma vez que estão bastante focadas nas notícias, no quente, no que está acontecendo agora, e essa é uma função do digital. No fim de semana, é quando a gente está claramente se dedicando a matérias de fôlego, a análises e conteúdos que, de alguma maneira, são bastante arrevistadas, e que vão substituindo as revistas.
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