Eike Batista não é apenas um empresário brasileiro. O que o tornou conhecido no país foi o casamento a atriz Luma de Oliveira, que durou 14 anos, e a presença em lista feita pela revista Forbes que o colocou como um dos homens mais ricos do mundo. Cerca de um ano depois, no entanto, um comunicado da petroleira OGX ao mercado começou a derrubar o sonho do empresário de ser o mais rico do planeta, quando a produção máxima dos poços da Bacia de Campos foi revista para um terço do valor inicial.
Na manhã desta quinta-feira, Eike voltou a ser manchete dos principais jornais do país quando se tornou alvo da Operação Eficiência, braço da Lava-Jato no Rio de Janeiro, e teve a prisão preventiva decretada pela Polícia Federal.
Veja momentos que transformaram o ex-bilionário em figura pop do país:
A coleira de Luma
Eike era um desconhecido para muitos brasileiros em 1998, quando Luma de Oliveira desfilou no Carnaval com uma coleira bordada com o nome do marido. A polêmica sobre submissão lançou holofotes sobre o empresário.
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Perto do poder
Em 2010, quando a EBX só fazia crescer, Eike fazia questão de destacar sua proximidade com o poder. A então presidente Dilma Rousseff fez discursos em que considerava Eike um "modelo" para o empresariado brasileiro.
Classe média
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 2014, depois do anúncio de que seu patrimônio, estimado em US$ 30 bilhões, em 2012, tinha sido reduzido a US$ 1 bilhão negativo, segundo levantamento da agência americana Bloomberg, o empresário afirmou que "voltar à classe média" era um "baque gigantesco". A afirmação rendeu polêmica nas redes sociais. No mesmo dia da publicação da reportagem, Eike usou o Twitter para tentar explicar a colocação.
Filhos polêmicos
Em março de 2012, o filho mais velho de Eike, Thor, atropelou e matou Wanderson Pereira dos Santos, que andava de bicicleta. O jovem foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e a indenizar a família. Seu irmão mais jovem, Olin, também foi notícia, em 2013, por "pendurar" uma conta de R$ 16 mil, pelo consumo em uma balada.
Pai com prestígio
Ministro de Minas e Energia no governo João Goulart (1961-1964) e presidente da Vale por 10 anos, na ditadura, o pai de Eike, Eliezer Batista, passou ainda pelos governos Fernando Collor (1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso (1998-2002).
Culto da Assembleia de Deus
No ano passado, Eike foi "estrela" de um culto da Assembleia de Deus. Segundo o site evangélico Gospel+, o empresário teria, inclusive, se convertido ao Evangelho.