Desde o dia 28 de agosto, o açougueiro Paulo Ricardo da Silva Rodrigues, 48 anos, aguarda a liberação da motocicleta Honda CG 150, que está em um depósito do Detran na Zona Norte da Capital.
O veículo foi recuperado pela polícia após ter sido roubado de Paulo no dia 10 de agosto, no Bairro Belém Velho, também na Capital.
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Prejuízo
Depois de descobrir que a moto havia sido recuperada, Paulo foi até a 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Restinga, o de havia registrado a ocorrência, para saber como proceder para levar o veículo. Lá, uma surpresa: a moto foi recolhida ao depósito e só poderia voltar para as mãos do dono após uma perícia feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) do Estado, pois o chassi foi raspado pelos bandidos.
Entretanto, a demora tem prejudicado Paulo em suas tarefas diárias, visto que a moto é o único veículo que ele possui.
– Já se passaram quatro meses, e nada da perícia. Eu preciso da moto para trabalhar porque, além de açougueiro, também faço uns bicos. Sem ela, estou perdendo serviço, porque não tenho como me deslocar, dependendo da distância – queixa-se Paulo.
Quanto tempo?
Para tentar solucionar o problema mais rapidamente, Paulo contatou o Detran para saber da demora, mas o órgão faz apenas a guarda do veículo e não tem autoridade para liberação ou não de carros e motos. Ele ainda procurou a delegacia, responsável por dar a liberação final para a retirada do veículo, mas a resposta, segundo Paulo, é sempre a mesma: a perícia já foi solicitada. É necessário aguardar pelo IGP.
– Quanto tempo mais terei que esperar? Estou muito chateado com tudo isso – diz Paulo.
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Exame está agendado para janeiro
O diretor geral do IGP-RS, Cleber Ricardo Teixeira Müller, explica que a moto de Paulo precisa de duas perícias. A primeira, para buscar a identificação do autor do crime, já foi feita, e o laudo, entregue à delegacia em 31 de agosto. A segunda é para constatar a adulteração de chassi.
O pedido foi recebido pelo IGP, segundo Cleber, em 7 de novembro, e os exames estão agendados para 4 de janeiro de 2017.
– Entretanto, isso não condiciona a liberação do veículo. Só podemos liberar após os resultados do laudo, para vermos se não faltará mais nada. Esta segunda perícia é mais complexa, são necessárias até informações da fábrica do veículo. Mas o prazo está dentro do normal – afirma Cleber.
Ele diz, ainda, que o IGP está com quadro profissional reduzido, o que tem causado a demora nas perícias.