O avião que levava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, 68 anos, enfrentou mau tempo ao tentar pousar na região de Paraty, no Rio de Janeiro. Informações preliminares indicam que chovia forte no momento do acidente, mas ainda não há comprovação se as condições climáticas tiveram influência determinante no desastre que provocou a morte do ministro.
Procurada por ZH, a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB) informou que uma equipe do 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos estava a caminho do local da queda na tarde desta quinta-feira a fim de iniciar a apuração das causas do acidente. A FAB ainda não tinha a identificação de todos os cinco ocupantes que estavam na aeronave – uma Hawker Beechcraft, modelo C90GT, com prefixo PR-SOM. Segundo o registro do avião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a documentação da aeronave estava em dia.
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Imagem de um avião do mesmo modelo do que caiu em Paraty:
Conforme a FAB, o bimotor decolou do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01min em direção a Paraty. Ele teria caído por volta das 13h30min no mar, nas proximidades da Ilha Rasa, a cerca de dois quilômetros da cabeceira da pista.
Alguns depoimentos iniciais, segundo o site especializado em notícias de aviação Aeroagora, indicaram que o piloto teria arremetido (abortado o pouso) antes de se chocar contra a água. Mas o funcionário da empresa HelpJet (que participa da administração do aeroporto regional de Paraty) Eriberto Vieira da Silva garante que o aparelho não teria arremetido porque caiu antes de alcançar à pista de pouso.
– Caiu cerca de dois quilômetros antes (do aeroporto), não chegou a arremeter. Não temos torre de controle, e não tenho conhecimento de que tenha sido feito algum pedido de socorro via rádio em frequência livre – informou Silva a ZH.
Segundo o Corpo de Bombeiros, três corpos ficaram presos nas ferragens. Ao longo da tarde, a equipe de resgate tentava trazer o avião à superfície para facilitar a remoção das vítimas. Até as 18h30min, a corporação não havia informado qual era a situação do quarto passageiro.
O ministro – relator da Lava-Jato no STF – estava de férias, mas, até o final da tarde de quinta, não havia confirmação de quem acompanhava Teori ou o que ele faria em Paraty. A assessoria de comunicação do STF confirmou apenas que o ministro não cumpria qualquer compromisso oficial.
Segundo o registro da aeronave, ela tinha capacidade para levar até sete passageiros, era um turbo-hélice e contava com dois motores. Estava registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada. Teori era amigo do dono do avião e responsável pela Emiliano, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, que teria emprestado o aparelho para a viagem do ministro.