A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, nesta quinta-feira, um carro com um corpo calcinado que pode ser do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, visto pela última vez na segunda-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O veículo, localizado sob um viaduto do Arco Metropolitano, é o mesmo que ele havia alugado, informou a polícia.
Amiridis, de 59 anos, que desapareceu na segunda-feira, estava de férias no Rio desde o dia 21 de dezembro. O embaixador pretendia retornar a Brasília no dia 9 de janeiro, segundo uma funcionária da embaixada da Grécia.
O portal UOL informou que foi a mulher do embaixador que denunciou seu desaparecimento, na quarta-feira. Ela relatou não ter conseguido contato com ele após ter saído sozinho do apartamento da família em Nova Iguaçu, por volta das 20h. O diplomata saiu de casa em um carro que o casal havia alugado.
– Não trabalhamos com a hipótese de sequestro. A investigação segue algumas linhas, mas com essa não trabalhamos. Se esse fosse o caso, os sequestradores já teriam feito contato – afirmou ao UOL o delegado Evaristo Pontes, esclarecendo que sua equipe assumiu o caso porque a Polícia Federal considerou que o desaparecimento de Amiridis não teria a ver com sua função diplomática.
De qualquer forma, Pontes informou que os detalhes sobre a investigação são mantidos sob "sigilo" porque ela ainda está em curso, e devido à relevância do cargo do embaixador.
Amiridis é embaixador da Grécia no Brasil desde este ano. De 2001 a 2004, ele ocupou o cargo de cônsul-geral no Rio de Janeiro, além de ter sido embaixador na Líbia, entre 2012 e 2016. Ele é casado e tem uma filha, de acordo com dados da embaixada grega no Brasil.
*Zero Hora