A Justiça de Rio Grande condenou a médica Larissa Gonçalves do Nascimento a dois anos e quatro meses de detenção, devido à morte de Maria de Fátima Machado, no início de junho de 2013. A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de 50 salários mínimos à filha da vítima. Ainda cabe recurso.
Conforme a denúncia do promotor Adriano Zibetti, de forma imperita e negligente, Larissa matou culposamente Maria de Fátima durante uma cirurgia de abdominoplastia e lipoaspiração no Hospital Santa Casa de Caridade de Rio Grande. Durante a cirurgia, a médica perfurou o cólon (porção maior do intestino grosso) da vítima, que levou a um quadro de peritonite bacteriana.
Para a promotoria, Larissa ainda agiu de forma negligente, já que não compareceu ao hospital, mesmo após ter sido informada da gravidade do estado de saúde da paciente e que a medicação não estava fazendo efeito.
A médica apenas foi ao local quando soube que a paciente teve uma parada cardiorrespiratória. Ela então desfez a sutura no abdômen da vítima no quarto, para verificar a causa das complicações, suturou novamente e levou à UTI do Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande, onde Maria de Fátima acabou morrendo, após duas novas paradas cardíacas.