Uma sindicância foi aberta pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para apurar os gastos com a limpeza de Porto Alegre após o temporal que provocou destruição na cidade em janeiro deste ano. A Prefeitura decretou situação de emergência na época para poder desburocratizar algumas compras e serviços. Mas foi justamente essa desburocratização que gerou uma cobrança suspeita pela limpeza da capital.
A Cootravipa, cooperativa que é responsável pela capina e varrição das vias da cidade, cobrou cerca de R$ 240 mil para limpar a cidade. O caso chegou a ficar parado neste ano, mas voltou a tramitar e está no departamento jurídico do DMLU.
O que diz o DMLU
Diretor-geral do DMLU, André Carús: "Na medida em que nós fomos fechando as planilhas, a área técnica detectou alguns problemas, como repetição de nomes que estariam a serviço do temporal e acima da sua carga horária diária normal. Diante dessa constatação, nós encaminhamos para a procuradoria especializada, que decidiu pela abertura de uma sindicância para que não se pagasse nenhum valor do que realmente foi gasto. Nenhum valor foi pago até que tudo seja esclarecido".
O que diz a Cootravipa
Presidente da Cootravipa Jorge Luís Bitencourt: "Quando aconteceu aquele incidente, que devastou Porto Alegre, foi me pedido 10 equipes com motosserra, onde a gente adquiriu motosserras, e fora para rua mais ou menos umas 100 pessoas tento trabalhado dia e intermediária. Uma equipe entrava às 8h às 17h e outra entrava às 17h e soltava às 23h. Valor corretíssimo, porque trabalhamos mesmo".