Dê uma volta completa nos ponteiros do relógio. Neste domingo (16), começa o horário brasileiro de verão para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. O horário diferenciado é válido para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além do Distrito Federal. O horário de verão vai vigorar até o dia 19 de fevereiro de 2017.
O horário de verão é adotado desde a década de 1930 no país e tem por objetivo aumentar o aproveitamento da luminosidade natural. Com os dias mais longos, há redução da demanda de energia elétrica na faixa compreendida entre as 18h e as 21h — o chamado horário de pico.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Brasil teve uma economia superior a R$ 160 milhões durante o horário de verão deste ano. Para agora, a expectativa do governo federal é que sejam poupados R$ 147 milhões.
Além da economia gerada no período, o horário de verão dá à população mais tempo para aproveitar o dia nas ruas. O pôr do sol mais tardio estimula a circulação de pessoas em praças, parques, bares e restaurantes. E é essa combinação de fatores que faz com que o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e região (Sindha), Henry Chmelnitsky, aposte em resultados positivos para o setor.
"Nós temos uma situação de maior conforto das pessoas, de quererem estar mais na rua. Isso, com certeza, vai trazer para a área de gastronomia um momento bom. Sempre quando entra o horário de verão, nós temos mais pessoas circulando", avalia.
Dias mais longos e noites mais curtas. Não é todo mundo que se adapta facilmente à mudança. Há, por exemplo, quem alegue não sentir fome ou sono nos horários que deveria.
Conforme o neurologista do Hospital Moinhos de Vento Geraldo Rizzo não há uma regra específica para reorganizar o relógio biológico. A adaptação é individual e depende de fatores como genética, idade e número de horas de sono.
"A adaptação é algo muito individual. Depende da genética, depende da idade, depende também do número de horas que o indivíduo dorme", explica.
Segundo o médico, geralmente a adaptação ocorre em um período que vai de um dia a até uma semana. Para aqueles que têm maiores dificuldades, aí vão algumas dicas.
"Àquelas que têm um hábito regular, recomenda-se que durma no horário do relógio. Segunda dica, nos primeiros dias seria importante dormir com as venezianas abertas para acordar com a claridade, essa medida ajuda muito na sincronização do relógio biológico. A terceira coisa que a gente recomenda é que os indivíduos não tenham atividades que exijam atenção por muito tempo nestes primeiros dias, como dirigir", esclarece.
Uma hora a mais de sol todos os dias. Partiu praia, certo? Errado. De verão mesmo, só o horário. Segundo o meteorologista do Grupo RBS Cléo Kuhn, não há nenhuma previsão de elevação significativa de temperaturas no Estado até dezembro.
"O verão, aquilo que a gente convenciona chamar de um tempo seco e quente, ainda vai demorar bastante para começar. Primeiro, porque a gente vai começar o horário de verão com chuva. De verão mesmo, a gente só vai ter o horário", afirma.
Não vai dar praia, mas o Cléo que não venha colocar água no nosso chopp. O happy hour está mantido. E, agora, com uma hora a mais.