O ciclone extratropical que atingiu ao Rio Grande do Sul na tarde de ontem provocou ressaca no mar do Litoral Norte nesta sexta-feira (28). O pico das ondas aconteceu às 13h, em Torres, na Praia Grande, e chegou a 4,3 metros.
Em Capão da Canoa as ondas atingiram 4,1 metros, e Tramandaí, 3,7 metros.
Em Torres, a água do mar já chegou na Praia do Meio, na Praia Grande e em algumas ruas e avenidas da cidade - como avenida do Riacho e Beira-Mar. Nesta última via, a água entrou através das bocas de lobo, que na realidade deviam escoá-la.
As águas invadiram também os calçadões de Arroio do Sal, Capão de Canoa, Imbé e Tramandaí. Foram registrados danos nos quiosques de Imbé e Tramandaí.
Na plataforma de Atlântida, que está fechada, as ondas ultrapassaram a altura da construção e não há risco aparente de quedas e danos, segundo a Defesa Civil. O vento forte aliado às ondas também provocou alagamentos nas principais ruas de Palmares do Sul e invadiu alguns pátios das residências.
Segundo o coordenador regional metropolitano da Defesa Civil, Alexsandro Goi, não há casas e edifícios danificados no Litoral Norte e nem vítimas. Balneário Quintão foi o único local em que não foi registrado nenhum problema segundo relato da Defesa Civil.
No Litoral Sul, a cidade mais atingida pela ressaca foi Santa Vitória do Palmar. Na praia do Hermenegildo, 40 casas foram destruídas pela força das ondas desde a tarde passada. Outras 40 residências tiveram danos. A maioria pertence a veranistas. O levantamento da Defesa Civil ainda é parcial. Equipes percorrem as praias para contabilizar os estragos. O Porto de Rio Grande está fora de operação desde quinta-feira devido à revolta do mar.