Morreu às 11h deste domingo, aos 75 anos, o diretor-executivo do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre Ivo Guizzardi. O diácono estava à frente de grandes ações sociais como a Cáritas Arquidiocesana, o Mensageiro da Caridade e a Cidade de Deus. Ele contabilizou 48 anos junto ao Secretariado de Ação Social – destes, 43 foram como diretor-executivo.
Diagnosticado com um tumor no cérebro, Guizzardi estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre havia 34 dias. O velório será realizado a partir das 7h desta segunda-feira, no Crematório Metropolitano São José, em Porto Alegre. A missa de corpo presente está prevista para ocorrer às 17h, seguida da cerimônia de cremação.
Guizzardi nasceu em 3 de agosto de 1941, em Nova Bassano, na Serra. Cursou Filosofia em Ijuí, na Região Noroeste, e Teologia, em Porto Alegre. Também é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Em 16 de julho de 2004, foi ordenado diácono da Igreja Católica para atuar na Paróquia Menino Deus.
– Ele desenvolvia um trabalho extraordinário na cidade – ressaltou Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre.
Pelas quase cinco décadas de atuação em trabalhos sociais na Capital, Guizzardi era conhecido como a alma do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre. Entre as grandes ações que Guizzardi coordenava, está o Mensageiro da Caridade. A entidade dá sustentação a um grande sistema de atendimento social e a famílias, formação de jovens para o trabalho, apoio à populações afetadas, formação de agentes sociais do Terceiro Setor e manutenção de serviço de convivência para crianças e adolescentes. Outros trabalhos que carregam a marca da dedicação de Guizzardi são o bairro habitacional Cidade de Deus e a Cáritas Arquidiocesana, que desenvolve projetos a fim de levar oportunidades a pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade ou risco social.
O diretor chegou a integrar os comitês Estadual e Municipal de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráficos de Pessoas (Comirat), a Comissão Estadual do Emprego e o Fórum Estadual de Mobilidade Humana. Também presidiu a Comissão de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Ele deixa a esposa, Lurdes Fantin Guizzardi, os filhos, Maurício e Felipe, e três netos.