O arrombamento de uma loja acabou com a prisão em flagrante de William Laurindo Borges, 22 anos, na madrugada desta quinta-feira em Santa Maria. Ele foi preso por um segurança por volta das 3h, após o furto em uma loja de artigos esportivos na Rua Doutor Bozano, a Cadiles Calçados. O vigilante foi ao local após ter tocado o alarme de uma farmácia que fica perto da loja. William é irmão de Bruno Laurindo Borges, 24 anos, acusado de matar a jovem Shelli Uilla da Rosa Vidoto, 27 anos, no dia 8 de julho, durante um assalto na Rua Bento Gonçalves, no bairro Dores.
Logo após soar o alarme, o segurança foi ao local e viu pelo menos quatro pessoas tentando fugir. Um deles, que era William, correu para a Rua Serafim Valandro e foi perseguido pelo vigilante. Eles entraram em luta corporal. O agente foi golpeado com uma faca, que acabou cortando o colete balístico dele. Na sequência, ele conseguiu deter William, que teve o nariz quebrado e outros ferimentos no rosto. Antes disso, William teria jogado as roupas furtadas da loja em um contêiner de lixo. Por isso, o flagrante foi por roubo, e não por furto qualificado.
A Brigada Militar foi chamada e encaminhou o suspeito até a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento. Os outros três fugiram. O flagrante foi homologado pela Justiça, e William foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), onde o irmão também está preso desde o dia 15 de julho pela morte de Shelli. William tem antecedentes policiais por tentativa de homicídio, roubo e receptação, entrou outros.
O advogado de William, Wedner Lima, diz que já pediu a liberdade provisória do suspeito, já que ele não tem antecedentes criminais (quando há condenação na Justiça). O defensor também diz que o caso se enquadraria como furto qualificado, e não roubo. Ele também pediu que fosse realizado um novo exame de corpo de delito no suspeito. Após isso, será feita uma ocorrência por lesão corporal contra o vigilante.
– O William alega que estava caminhando normalmente na rua e foi agredido. Ele está todo quebrado, vou tomar as providências cabíveis em relação a isso. Quanto à prisão, já protocolei um pedido de liberdade, porque, no meu ponto de vista, isso se enquadraria como furto, e não roubo – reforça o advogado.
As roupas levadas da loja foram encontradas em um contêiner de lixo na Rua Doutor Bozano.