A família de Érica da Silva dos Santos, 20 anos, morta durante um tiroteio na madrugada deste domingo em frente a uma casa noturna de Caxias do Sul, ainda tenta encontrar respostas para a tragédia. Natural da cidade, a jovem morava com a mãe e o padrasto no bairro Bom Pastor. Conforme familiares, ela era uma menina tranquila, trabalhava em uma empresa de distribuição de panfletos e teria optado pela festa na Avenida São Leopoldo apenas por diversão.
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– A mãe dela até insistiu para ela não sair, mas a Érica disse que ia sair um pouco para se divertir e que logo voltaria. Mas, fomos surpreendidos com essa notícia. Uma menina do bem, que só pensava em trabalhar para ter as coisas que queria. Não sabemos o motivo que levou alguém a fazer essa crueldade – desabafa o padrasto Hélio Borges, 45.
Érica faria aniversário no próximo mês. Entusiasmada com a comemoração, ela já havia até encomendado os doces para a festa em família.
– Estava tudo organizado, tudo do jeito dela, como ela queria. Está sendo bem difícil passar por isso. Estamos perdidos, sem chão – lamenta Borges.
O velório da jovem ocorre neste domingo nas Capelas Cristo Redentor. O sepultamento está marcado para às 9h desta segunda-feira, no Cemitério Santos Anjos, em Caxias.
Conforme a Brigada Militar (BM), na mesma ocorrência outras quatro pessoas ficaram feridas. Karen Porto Carabalo de Oliveira, 20, foi uma das vítimas. Em entrevista ao Pioneiro, a jovem conta que tudo aconteceu muito rápido. Ela estava na porta do estabelecimento conversando com um amigo quando foi atingida por um disparo no peito. Ela se recupera em casa.
– Ainda estou desorientada, acredito que fui salva por um milagre. Na hora nem passou pela minha cabeça que eram tiros. Só percebi que estava machucada depois de ver sangue e sentir arder – conta Karen, que não conhecia a jovem morta.
Os outros três baleados são Diego Barcelos Vieira, 28, Iago Jacinto da Motta, 23, e Anderson Azevedo Torres, 38. O caso mais grave, segundo o Hospital Pompéia, é o de Motta, já que a bala atingiu a coluna. Até as 14h50min, Vieira permanecia no bloco cirúrgico e Torres em observação. O estado de saúde dos dois não seria grave.
A Polícia Civil ainda desconhece as motivações e suspeitos para o crime.
Este é 97º assassinato do ano em Caxias do Sul.